29/03/09 - Praça de Toiros de Salvaterra de Magos
A escolha de toiros de uma ganadaria espanhola e com 5 anos levanta mais uma vez a questão da adequação destes animais para a corrida à portuguesa.
Compreende-se a opção dos empresários das praças uma vez que estes animais com certeza foram bastante mais baratos dado que já não poderiam ser corridos em Espanha.
Mas tendo sido o toiro espanhol ao longo do tempo geneticamente seleccionado para a lide a pé verificou-se uma vez mais que os animais embora bem apresentados não porporcionam um bom espetáculo uma vez que não investem no cavalo, só mostrando rasgos de bravura nos lances de capote.
Para além do mais estes animais apresentam dificuldades acrescidas para os grupos de forcados, exigindo uma maior preparação dos mesmos.
Estiveram em praça os cavaleiros João Salgueiro, João Telles Jr. e o praticante Francisco Palha.
Os três cavaleiros lidaram como puderam dado as fracas investidas dos toiros.
As melhores lides da tarde foram sem dúvida as de João Telles Jr, sobretudo no 5º da ordem.
O jovem cavaleiro foi buscar toiro onde ele não havia arrancando aplausos do público que soube reconhecer o trabalho do jovem. Uma prova de que ainda há público que sabe dar valor à arte de tourear que não se limita as espetar ferros...
As pegas estiveram a cargo dos grupos de Azambuja e Salvaterra de Magos.
Perante toiros que pouco ou nada investiram durante a lide e que portanto estavam plenos de força os moços forcados viram as suas dificuldades redobradas.
Isso ficou bem patente logo com o primeiro toiro da tarde, em que embora a pega tenha sido consumada à primeira tentativa pelo grupo de Azambuja no decorrer da mesma o forcado José Almeida fracturou uma perna.
As dificuldades dos homens da jaqueta são bem representadas pelos números: pela enfermaria da praça passaram 21 forcados, 4 deles depois de assistidos na enfermaria foram encaminhados para os hospitais de Vila Franca e Santarém (hospitais das suas áreas de residência) para posterior acompanhamento.
Os 3º e 4º toiros da ordem, respectivamente a cargo do grupo de Azambuja e Salvaterra, acabaram por recolher aos curros sem que as pegas tivessem sido concretizadas.
Nota negativa para a notória falta de preparação dos grupos de forcados em praça.
Após o primeiro embate dos animais e ante colegas em dificuldade os grupos dispersaram completamente faltando o apoio aos homens que dele necessitavam.
Ambos os grupos demonstraram uma manifesta falta de capacidade para resolver os problemas, sendo até necessário a entrada em praça de pessoas que se encontravam na teia para afastar o toiro de um forcado ferido.
Nota positiva para a presença de um inspector do IGAE na teia que verificou a conformidade das senhas das pessoas aí presente. Tal devia verificar-se mais vezes para se acabar com o excesso de pessoas na teia que na maioria das vezes só prejudica o espetáculo.
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